Caricatura da autoria de Eduardo Tovar de Lemos representando Joaquim Coutinho de Oliveira Mota.
Natural de Vila Real de Trás-os-Montes,farmacêutico de profissão desde 1888, instalou-se em Grândola, onde foi proprietário da Farmácia Mota (posterior farmácia Baptista Limpo e actual farmácia Costa). Dedicou grande parte da sua vida ao serviço público, tendo ocupado diversos cargos e funções no período compreendido entre o final do séc. XIX e o primeiro quartel so séc. XX, nomeadamente: Administrador do Concelho, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, presidente da Comissão Administrativa Municipal, Tesoureiro Municipal e presidente da Comissão de Melhoramentos Locais
Foi durante a sua presidência à frente da Santa Casa que se assistiu à alienação dos bens da Igreja e do Hospital da Misericórdia, "incluindo imagens de santos, paramentos, um Santo Lenho (oferta de D. Catarina de Bragança, Rainha de Inglaterra), pratas e todos os demais riquíssimos adornos", com vista à angariação de fundos para a construção do novo hospital. Daí, talvez, a legenda: "O Supremo Arquitecto: Joaquim Coutinho d'Oliveira e Mota (dizem que às vezes é cada bota!)".
Eduardo Tovar de Lemos (07.09.1895-28.07.1978), natural de Elvas, exerceu, entre 1924 e 1926, o cargo de Delegado do Ministério Público na Comarca de Grândola, período durante o qual terá realizado a caricatura.
Descrição elaborada com base na obra ALMEIDA, Manuel Costa Gaio Tavares de, A Cultura e o Recreio nos Lazeres dos Grandolenses do Fim do Séc. XIX e da Primeira Metade do Séc. XX - Memórias de Um Passado Recente: Subsídios Para uma Monografia IV, Grândola, Câmara Municipal de Grândola, 2000.