Na visitação do Arcebispo de Évora, Frei Miguel de Távora, é referida a tomada de contas à Irmandade “…desde o anno de 1725 para 1726 com que principiou esta confraria…”. Porém, de acordo com a informação contida no testamento de Domingos Jorge, datado de 1714, a Irmandade das Almas já havia sido erecta na Igreja Paroquial de Santa Margarida da Serra naquela data. O testador deixou a seu filho um terreno, com casa e cerca, situado em Corte Esporão. Porém, caso este não possuísse herdeiros, o mesmo passaria para propriedade da Irmandade.
A Irmandade seria, provavelmente, composta pela Mesa e pela Assembleia Geral de irmãos, dispondo também de um escrivão que seria responsável por toda a escrituração. Contudo, desconhece-se a documentação onde foram registadas as suas normas organizativas e funcionais.
A importância das Irmandades na sociedade da Época Moderna é inegável. Estas instituições participavam, activamente, na assistência espiritual e material às comunidades nas quais se inseriam. Promoviam o culto católico, asseguravam o culto dos mortos, praticavam acções de caridade e actividades devocionais e piedosas.