A Irmandade de Nossa Senhora da Rosário foi canonicamente erecta na Igreja Matriz da Vila de Grândola, em data desconhecida. Sabe-se, porém, que a sua instituição ocorreu antes de 7 de Novembro de 1593. Nesta data, e na sequência de petição efectuada pelos confrades e mordomo da Irmandade, D. Filipe I de Portugal, por alvará régio, autorizou a edificação de uma capela de invocação de Nossa Senhora do Rosário na Igreja Matriz. (Chancelaria Antiga da Ordem de Santiago, lv.6 F, fl.59v).
A Irmandade era, provavelmente, composta pela Mesa e pela Assembleia Geral de irmãos dispondo, também, de um escrivão que seria responsável por toda a escrituração. Contudo, desconhece-se a documentação onde foram registadas as suas normas organizativas e funcionais.
A importância das Irmandades na sociedade da Época Moderna é inegável. Estas instituições participavam activamente na assistência espiritual e material às comunidades nas quais se inseriam. Promoviam o culto católico, asseguravam o culto dos mortos, praticavam acções de caridade e actividades devocionais e piedosas.